Análise do Gigante Adamastor - Os Lusíadas

valor humano dentro da estética literária do Classicismo. “Os Lusíadas” foi escrito na época em que povo português se lança ao mar a procura de novas rotas comerciais principalmente para o oriente. Com características do Classicismo, movimento literário em que se destaca o racionalismo e as influências da literatura clássica da Roma e Grécia Antiga, Os Lusíadas é uma obra com métrica perfeitamente distribuída em 1102 estrofes (oitava rima), com oito versos decassílabos (medida nova). A odisséia dos portugueses é retratada por Camões em sua obra “Os Lusíadas”, onde a capacidade humana em desafiar o desconhecido, a procurar o novo e em conseqüência ter sucesso na empreitada. Sob influência da epopéia clássica, Os Lusíadas apresenta uma variação quanto ao herói, que não passa ser um personagem, mas uma nação, Portugal, com o navegador Vasco da Gama representando o povo português. A obra traz os desafios dos navegadores na viagem, entre eles a dificuldade geográfica, trazida pelo autor no episódio “O Gigante Adamastor”, abordado no canto V entre as estrofes 37 e 60. Episódio do Gigante Adamastor (37-60) Terror do desconhecido; capacidade para ultrapassar obstáculos (naturais) – enaltecimento do herói Profecias sobre naufrágios O Adamastor, interpelado por Vasco da Gama, explica-lhe por que é um penedo, com uma história de amor e traição com uma deusa (Tétis) Contraste da beleza feminina com a fealdade masculina Transformação do gigante em pedra O Gigante Adamastor…

História de Portugal. Simbolicamente, este episódio representa os perigos do mar, que os portugueses enfrentaram e ultrapassaram, assemelhando-se, pela grandeza, ao próprio gigante. Este episódio, por isso mesmo, adquire uma dimensão épica. O aparecimento e descrição do Adamastor – figura gigantesca que surge no mar numa atitude ameaçadora - deixa os marinheiros completamente paralisados, pois “Arrepiam-se as carnes e o cabelo, / A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!”(est. 49, vv. 7…

(2) Estrofes 39-48: Adamastor 1 (10) Estrofe 49: transição (1) Estrofes 50-59: Adamastor 2 (10) Estrofe 60: epílogo (1) Como se vê, há uma distribuição muito equilibrada das partes: das vinte e quatro estrofes, quatro se destinam à introdução, transição e epílogo; as vinte restantes, divididas ao meio, apresentam o herói da seqüência. Tanto Vasco da Gama como o Adamastor aparecem como narradores e como personagens. No plano histórico, simboliza a superação pelos…

navegadores. 38 Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo; Bramindo, o negro mar de longe brada, Como se desse em vão nalgum rochedo. - «Ó Potestade (disse) sublimada: Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?» -A nuvem que surgiu vinha tão escura que os navegantes ficaram com medo e receosos, o mar, ao longe, começou a fazer ruido e a bater nos rochedos. Vasco da Gama, atemorizado, lança…

gradação crescente: primeiro surge uma nuvem que escurece, tornando-se espessa e tenebrosa, para, logo em seguida, a ondulação do mar se tornar forte e ameaçadora. Para recriar o ambiente de perigo eminente, a descrição sugere sensações visuais e auditivas: «Ua nuvem que os ares escurece/ Sobre nossas cabeças aparece» e «Bramindo, o negro mar de longe brada,/ Como se desse em vão nalgum rochedo». Perante tal cenário tenebroso, Vasco da Gama evoca Deus, «Potestade», perguntando que…

OS LUSÍADAS – LUIS DE CAMÕES (Por Amanda Gonçalves, Karen Cristine Augusto, Marina Murari, Natália Carvalho, Sarah Rocha, Talita Bordonal, Fernando Amaral, Guilherme Henrique, Gustavo Nascimento, Gustavo Sandrin, Henrique Camargo, Nilo Cardoso, Willian Gabriel 2ºA) (obra Renascentista)…

O Mostrengo vs Adamastor Sobre os perigos do mar, Pessoa e Camões imaginam duas figuras que representam a mesma essência perigosa de toda a aventura, do desejo de partir… O Mostrengo Figura ameaçadora e agressiva,O Mostrengo vs Adamastor Sobre os perigos do mar, Pessoa e Camões imaginam duas figuras que representam a mesma essência perigosa de toda a aventura, do desejo de partir… O Mostrengo Figura ameaçadora e agressiva, sem traços de humanidade O aumento da…

OS LUSÍADAS O GIGANTE ADAMASTOR (V, 37-60) ANÁLISE DO EPISÓDIO SIMBÓLICO Tanto Vasco da Gama como o Adamastor aparecem como narradores e como personagens. No plano histórico, o Adamastor simboliza a superação pelos portugueses do medo do “Mar Tenebroso”, das superstições medievais que povoavam o Atlântico e o Índico de monstros e abismos. O Adamastor é uma visão, um espectro, uma alucinação que existe só nas crendices dos portugueses. É contra os seus próprios medos que os navegadores…

Como se vê, há uma distribuição muito equilibrada das partes: das vinte e quatro estrofes, quatro se destinam à introdução, transição e epílogo; as vinte restantes, divididas ao meio, apresentam o herói da seqüência. Tanto Vasco da Gama como o Adamastor aparecem como narradores e como personagens. No plano histórico, simboliza a superação pelos portugueses do medo do “Mar Tenebroso”, das superstições medievais que povoavam o Atlântico e o Índico de monstros e abismos. Adamastor é uma…

navegadores. 38 Tão temerosa vinha e carregada, Que pôs nos corações um grande medo; Bramindo, o negro mar de longe brada, Como se desse em vão nalgum rochedo. - «Ó Potestade (disse) sublimada: Que ameaço divino ou que segredo Este clima e este mar nos apresenta, Que mor cousa parece que tormenta?» -A nuvem que surgiu vinha tão escura que os navegantes ficaram com medo e receosos, o mar, ao longe, começou a fazer ruido e a bater nos rochedos. Vasco da Gama, atemorizado, lança…