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“Superioridade” Estadunidense na Política da Boa Vizinhança Káritha Bernardo de Macedo Pertenencia Institucional:Universidadedo Estado de Santa Catarina-UDESC, Brasil. Resumo: Este artigo discorre sobre a Política da Boa Vizinhança (1933-1945), analisando como as noções de superioridade e excepcionalidade estadunidense, desdobramentos da doutrina do Destino Manifesto e integrantes de uma narrativa de identidade cultural desse país, serviram para articular uma posição de hegemonia sobre a América Latina nessa conjuntura. Para efeito deste trabalho, foram utilizadas fontes bibliográficas e pronunciamentos de agentes do governo estadunidense. Os principais autores que norteiam as discussões acerca da Política da Boa Vizinhança são Bryce Wood, Lars Shoultz, Frederick Pike e Gerson Moura; referências no tema. Apesar de revestir-se da personalidade de um zeloso “grande irmão” e Bom Vizinho, a política da não intervenção apregoada pela Boa Vizinhança significava apenas uma mudança para formas mais sutis e, talvez, mais eficientes de intervenção. Palavras chaves: Política da Boa Vizinhança–superioridade–excepcionalidade. 27 VOLUME II, Nº 1 NOVEMBRO 2013 Este artigo tem como objetivo analisar como as noções de superioridade e excepcionalidade estadunidense, desdobramentos da doutrina do Destino Manifesto e integrantes de uma narrativa de identidade cultural desse país, serviram para articular uma posição de hegemonia1 sobre a América Latina na conjuntura da Política da Boa…

América Latina – existiam de longa data. Apesar da breve experiência norte-americana no desenvolvimento de um relacionamento mais amistoso com o restante do extremo ocidente – denominado de Política de Boa Vizinhança –, de fato, como considera Lars Schoultz, nenhuma “mudança significativa ocorreu abaixo da superfície nem houve uma mudança nos interesses dos EUA, que enfocavam na década de 1930 expansão econômica e segurança nacional” (2000, p.347). Rouquié ratifica essa perspectiva ao …

uma fusão entre as características nacionais e dos EUA, criando novas formas de expressão cultural. Referências Bibliográficas AYERBE, Luis Fernando. A Reinvenção da Doutrina Monroe: determinismo cultural e política externa de Estados Unidos pós 11-09. Disponível em http://www.santiagodantassp.locaweb.com.br/br/arquivos/nucleos/artigos/Ayerbe1.pdf. CATANI, Afrânio Mendes e OROZ, Silvia. “Indústria cinematográfica na América Latina: Um Paradigma Modernidade. In: BESSONE, Tânia M.…

Latina, resultado que protegerá o investimento privado dos Estados Unidos e o comércio, a raiz econômica que está no âmago do interesse político dos Estados Unidos na América Latina”. O exposto foi extraído de documentos secretos, neste caso, do liberalismo de Kennedy. O discurso público é, naturalmente bem diferente. Se nos ativermos a ele, entenderemos pouco sobre o significado real de democracia, ou sobre a ordem global dos anos passados, bem como sobre o futuro, uma vez que as …

direitos da propriedade, mas direito à propriedade, ou seja, direito das pessoas que têm propriedades. Posso ter direito ao meu automóvel, mas o meu automóvel não tem nenhum direito. O direito à propriedade também difere de outros direitos no sentido de que a fruição da propriedade por uma pessoa priva uma outra desse mesmo direito: se sou proprietário do meu automóvel, você não pode sê-lo; mas, numa sociedade livre e justa, a minha liberdade de expressão não limita a sua. O princípio de…

aspectos marcantes: o expansionismo e consolidação da confederação, e a forma como o país estabeleceu suas relações com a Europa ao longo do século XIX. Essa análise nos permitirá compreender como tanto a entrada dos Estados Unidos na Grande Guerra, quanto suas propostas para a paz entre as nações representam uma mudança significativa da política externa desse país. A formação territorial dos Estados Unidos não foi, em momento algum, um processo simples. Isso fica bastante claro na obra…

6. Desde a publicação do livro de Ardao (1980), foram escritos muitos artigos notáveis sobre esse assunto: por exemplo, uma longa crítica sobre Ardao de Juan Carlos Torchia Estrada (1982); Monica Quijada (1998); Paul Estrade (1998); Hector H. Bruit (2000). 7. Walter Mignolo (2005) nos relembra que os conceitos de “raza latina” e “América Latina” também serviram ao próposito de enfatizar as raízes europeias comuns das elites criollas “brancas” pós-coloniais da América Espanhola que as…

International Security and democracy: Latin America and the Caribbean in the Post-Cold War Era. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 1998. [ Links ] DUPAS, Gilberto & VIGEVANI, Tullo (orgs.). O Brasil e as novas dimensões da segurança internacional. São Paulo: Editora Alfa-Ômega, 1999. [ Links ] FAURIOL, Georges & PERRY, William. Thinking strategically about 2005: The United States and South America. Washington, DC: CSIS, December, 1999. [ Links ]…

Conseqüentemente, a agudização do conflito Leste-Oeste tendeu a eclipsar as temáticas próprias do diálogo Norte-Sul. Nesse contexto, realizou-se, no dia 4 de setembro de 1981, a terceira conferência do Ministro Saraiva Guerreiro na ESG. Dito discurso foi especialmente importante já que aí foi introduzida a noção de rebipolarização das relações internacionais. A noção de rebipolarização sugere que durante o decênio de 1980 teve lugar uma renovação ou revitalização das alianças…

com a lista das principais guerras interestatais desde a independência dos países latino-americanos; e a outra, elencando as atuais controvérsias entre os Estados da região. Todavia, centraremos nossas atenções em três acontecimentos, responsáveis pelas alterações retratadas no mapa acima: a Guerra do Pacífico, a Questão do Acre e a Guerra do Chaco. A seguir, abordaremos brevemente cada um deles. A Guerra do Pacífico A Guerra do Pacífico, ocorrida entre 1879 e 1883, teve início…